Especial
Casamentos
O
s casamentos têm sempre noi-
vos e quase sempre convida-
dos. Sim, os convidados não são
obrigatórios para que um casamento
se celebre, quer sejam familiares ou
não. É sim, e quase sempre um prazer
para os noivos. Os noivos alimentam
muitas vezes o sonho pela chegada
do dia do seu casamento, para que
possam convidar os seus familiares e
amigos, para lhes proporcionar um dia
inesquecível, e partilharem consigo o
dia do seu casamento. Este é cada
vez mais o pensamento inocente dos
noivos. Claro que também há quem
diga que convidam para receberem
mais prendas. Até poderia ser, pois há
partida está garantido que só vai ao
casamento quem tiver possibilidade
para dar prenda. Há uns anos as coi-
sas em relação aos convidados eram
bem diferentes. Os noivos casavam
jovens, saíam da casa dos pais, e
o casamento surgia como um início
de uma nova etapa. Eram os pais
que pagavam o casamento, e por
consequência convidavam os amigos
para o mesmo, muitas das vezes os
noivos nem conheciam os convidados
dos pais. Hoje as coisas são bastante
diferentes, os noivos na maior parte
das vezes já têm uma vida estabili-
zada, os próprios garantem condições
económicas para a concretização dos
seus mais arrojados sonhos. Convi-
dam realmente quem gostam, e não
quem há partida teriam obrigatorie-
dade de convidar, por exemplo por
laços familiares. Os noivos hoje são
bastante seletivos com as presenças
que desejam para o seu casamento.
Para os convidados deverá repre-
sentar um motivo de orgulho. Ser
convidado para um casamento quer
se seja familiar ou amigo deve repre-
sentar mais do que comprar uma
fatiota nova, dar um presente, comer
bem e desfrutar da festa. Os valores
pelos quais foram convidados ficam
muitas vezes esquecidos. Refiro-me
aos sentimentos, o demonstrar que
se gosta dos noivos, ter por eles um
amor e um carinho especial, ter dis-
ponibilidade para auxiliar em algumas
tarefas, estar próximo e não alimentar
um egoísmo próprio cada vez mais
evidente.
Os noivos quando estruturam o dia
do casamento pecam muitas vezes,
por pensarem mais no bem estar dos
convidados que deles próprios. Com
faci l idade abdicam dum conjunto
musical que há partida preferem mais,
para agradar à maior parte dos con-
vidados, escolhem um prato de peixe
que embora não corresponda à sua
predileção. Investem em animação
infantil porque querem que os pais
estejam mais descansados com as
crianças e estas se divirtam. Optam
por uma cobertura fotográfica com
dois fotógrafos, porque para além
de assegurarem mais conforto aos
noivos antes do casamento, terão um
fotógrafo mais disponível para fazer
os registos fotográficos às crianças e
aos casais. Pensam sempre em dar o
melhor aos seus convidados.
Os convidados por outro lado
esquecem-se l iteralmente muitas
vezes dos noivos. Não será difícil na
hora de pentear e maquilhar alguém
desejar “só um jeitinho” e com isso
atrasar a noiva, ou na hora de vestir
a noiva, não existir alguém para a
auxiliar nessa tarefa. Saírem todos
para a cerimónia, ficar só a noiva com
o fotógrafo e o motorista e ninguém
para a ajudar a entrar no carro. A noiva
tentar chegar à Igreja e os carros dos
convidados mal estacionados não
darem passagem, ou chegar junto
da igreja e o local que seria para a
noiva, estar ocupado pelos carros dos
convidados. Outra situação frequente
é sempre algum convidado apressar o
corte do bolo porque tem um compro-
misso e quer ir embora. Então não foi
convidado há meses suficientes para
que possa ter agendado a sua vida de
forma a ter disponibilidade para estar
no casamento?
Quem é convidado para um casa-
mento deve ter consciência que os
noivos deverão ter sempre o papel
principal, e que todos devem ceder em
prol do bem estar dos mesmos. Todos
têm responsabilidade em contribuir
para uma corrente que se alimenta
de amor, carinho, disponibilidade e
respeito.
a
por
Otília Costa
Convidados
FELIZES
Este é o mote, para as linhas que se seguem…