Página 44 - Cerimonial Magazine 2014

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Na próxima paragem somos con-
templados com a Arte Etnográfica Afri-
cana, coleção composta por diversos
objetos etnográficos, que contemplam
estátuas, máscaras, armas, artigos
de prestígio, joalharia e utensílios do
quotidiano.
As culturas africanas são ricas em
rituais distintos, da iniciação às home-
nagens, passado por rituais a deuses
e antepassados. As máscaras podem
representar animais, figuras humanas
ou até figuras antropomórficas (mis-
tura entre animal e humano).
Todas as máscaras parecem ter
um significado, a máscara de ele-
fante aparece associada ao chefe.
Um animal grande e inteligente que
não tem rival, não só por isso, mas
também pelo marfim, os chefes afri-
canos têm o direito a todo o marfim
que seja encontrado nas suas terras.
As máscaras com forma de borboletas
associam-se ao ritual das chuvas,
quando observam borboletas a che-
gar já sabem que mais cedo, ou mais
tarde, virão as chuvas.
Depois podemos também obser-
var várias estatuetas femininas que
representam a fertilidade, e o ideal de
beleza feminino.
Seguem-se as cadeiras, os bancos
e os tronos, símbolos associados à
autoridade e ao poder dos chefes,
quando maior e mais trabalhados
forem, maior é a autoridade.
Continuamos a nossa visita, des-
cendo mais alguns lances de escadas
e “mergulhando” em galerias cada
vez mais subterrâneas, que já não
nos deixam adivinhar para que lado
é o norte.
Mais uma paragem em frente à
representação da última ceia de Jesus
Cristo e dos apóstolos.
Uma ideia do Senhor Comen-
dador Berardo foi a de utilizar os
terracota dos Bura para fazer esta
representação. Jesus Cristo, e os
apóstolos, todos eles eram homens,
por isso os terracota têm esta forma
mais alongada e claro Jesus Cristo
como a pessoa mais importante
tem uma terracota maior e mais
decorada.
” Apressa-se o guia a argu-
mentar.
De seguida estamos perante escul-
turas contemporâneas do Zimbabué.
Podemos apreciar várias peças em
serpentinito, pedra do Zimbabué poli-
das e enceradas.
Depois entramos numa galeria com
cerca de 300 minerais que fazem parte
de uma coleção de cerca de 2000,
que o comendador José Berardo cole-
ciona há mais de 20 anos. Minerais
provenientes, na sua grande maioria,
do Brasil, dos Estados do Rio Grande
do Sul e de Minas Gerais, estão ali
expostos em bruto nos formatos que
foram encontrados. Não f icamos
indiferentes às suas formas e cores,
numa variante de ametistas, calcites,
moscovites, distenas, variedades de
quartzo e turmalinas.
De seguida vamos recuar 20
milhões de anos para testemunharmos
um extraordinário património paleon-
tológico, numa coleção de fósseis de
rinocerontes, conchas, plantas, pei-
xes, dentes, entre outros. Associadas
a esta coleção estão largas dezenas
de madeiras petrificadas provenientes
da Argentina. A coleção de peixes
fossilizados é mesmo a maior coleção
privada do mundo.